terça-feira, 25 de setembro de 2007

Campeão Gaúcho de 1977 - há 30 anos


Veio o mestre Tele Santana. Com ele, vieram jogadores experientes e com liderança como Oberdan, Eurico, André e Corbo, mesclando com a juventude e a força de nomes como Éder, Ladinho e Tadeu Ricci. Tudo na única tentativa de voltar para hegemonia do futebol gaúcho e bater o Internacional.
Beira-rio:
Com um Beira-Rio lotado no dia 18 de setembro, o Grêmio não tomou conhecimento e venceu seu tradicional adversário pelo placar de 2 a 0.
A vitória enlouqueceu a torcida gremista.
Na iminência de voltar ao topo do futebol gaúcho depois de oito anos, o torcedor lotou o estádio Olímpico no fim de semana seguinte.
No Olímpico:
Na metade da primeira etapa, o árbitro Luís Torres marcou uma penalidade máxima para o Grêmio. Tarciso ajeitou a bola e mandou uma bomba pela linha de fundo.
Aos 42 minutos, depois de uma bela troca de passes na frente da área colorada, André foi lançado atrás da zaga, invadiu a área pela esquerda e, de pé direito, o menos provável pela posição onde estava, conseguiu mandar a bola no ângulo do goleiro Benitez. Era o gol que todos esperavam.
Depois de oito anos, era o gol do título.
A ânsia de ser campeão fez com que a torcida gremista invadisse o gramado para comemorar antes mesmo do árbitro apitar o final da partida.
Sem nada a perder, o Internacional deixou o campo e ainda tentou discutir o título na justiça. Foi quando o vice-presidente de futebol, Nelson Olmedo, proferiu uma das frases mais célebres do futebol gaúcho: “agora não adianta mais. O bicho já ta no bolso, a faixa já ta no peito e a taça já ta no armário”.
Para muitos, a retomada da hegemonia do futebol gaúcho em 1977 foi o fator preponderante que levou o Grêmio aos títulos de campeão brasileiro, da Libertadores e do Mundial nos anos subseqüentes.

3 comentários:

Anônimo disse...

Bela coluna, boa lembrança!

Pinty disse...

Muita gente fala que esse foi um dos melhores times da história do Grêmio, alguns acham que era melhor até que o Grêmio campeão mundial de 83. Tinha no comando o mestre Telê Santana. Na linha o grande Ancheta; Oberdan, que quando chegou prometeu e cumpriu que o Escurinho nunca mais ia cabecear na área tricolor; o símbolo de raça Iúra; Éder, um dos chutes mais potentes do futebol brasileiro; Tarcísio, o flecha negra; André Catimba, um dos maiores atacantes a vestir a camisa tricolor. Se não me engano, tinha na reserva o Alcindo “Bugre”, em final de carreira mas ainda empilhando gols.

Cruz disse...

Fantástica descrição. Realmente foi uma final cheia de itens que ficariam registrados na memória dos Grenais e dos gaúchos. Muito boa descrição, Pinty.