sexta-feira, 18 de setembro de 2009

QUEM GOSTA DA ZONA

O Globo Esporte fez um levantamento dos clubes que mais freqüentaram a zona do rebaixamento (há gente na imprensa querendo utilizar o apelido infame de Z-4) desde a Era dos Pontos Corridos.
O Papão tá papando mais uma (não por muito tempo, os cariocas vem com tudo esse ano). Como não poderia ser diferente, o time da Azenha - em breve Humaitá (ou não) - está bem colocado. Já o Colorado está entre os quatro últimos. Aproveitem que não é sempre que podem nos ver lá embaixo em uma tabela.



Para ver a reportagem e o ranking completo clique AQUI.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Liga dos Campeões - UEFA







Já ouviram falar, ou, possuem alguma história no futebol?
Faz-me lembrar quando o Grêmio comemorou a vitória em riba do Oriente Petrolero, ou talvez um Emelec.











Depois estes filhos da puta europeus tem a cara dura de alegarem que a Copa Libertadores é fraca. Estes arriba ( e olha que eu não coloquei o AZ Alkmaar e o Standart de Liège porque eu sou parceiro e acredito que todos conhecem os tais) irão participar da Liga. De fato será um campeonato engraçado pacas. Principalmente por sua divisão de grupos, que está mais antológica que a divisão de grupos da eliminatórias para a Copa na Europa.
Em um mesmo nós temos Milan, Real Madrid e Olympique. Já em outro tem Arsenal, olimpiacos, az e standart (sim, coloquei em letra miúda pela grandiosidade) ou, grupos do sono profundo. Sevilla, Stuttgard, Rangers e o fantástico Unirea. O técnico deste bizarro time é o Petrescu, lembram dele? Jogava com o Hagi na Copa de 94.
Sei que para a maioria deste misantropo blog, essas informações são enfadonhas, pois todos acreditam que o mundo gira entre a dupla gre-nal e a zero-hora, mas, como não sou pago para escrever e ganhei esta liberdade de forma condicional, gozo do momento.

Abraço a todos que estão preocupados com o Cruzeiro. Ou também, dar os parabéns a torcida do Grêmio...que são os verdadeiros técnicos do time. Pois a escrete só faz chover na Azenha. O homoautuoris deu a luz e ganhou uma fora. Mas não se enganem...Ricardo Gomes fará o que era para ter ganho em 2002.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

ENGOLINDO O TITE

Quando o Abel Braga deixou o comando colorado em meados de 2008, o Inter tinha poucas opções no mercado. Minha preferência (ironia do destino) era o Paulo Autuori, inviável na época, já que estava com contrato milionário em andamento no mundo árabe (tem um texto meu da época AQUI em que muita coisa agora eu mesmo não concordo).

Eu não queria o Tite. A grande maioria da torcida não queria o Tite. O Vitório Piffero não queria o Tite. Mas as opções foram ficando cada vez mais escassas e em (mais) um golpe de mestre de Fernando Carvalho, Tite desembarcou no Beira-Rio como solução. Como ele conseguiu isso? Simples: espalhou um boato que o Inter estava perto de contratar o Nelsinho Batista – na época valorizado pelo ótimo trabalho no Sport Recife. Foi o suficiente para fazer toda torcida colorada “querer” o Tite. Na verdade todos preferiam até um boneco de merda do que aquele traíra do Nelsinho, mas a tática funcionou. Lembro de ouvir uma pesquisa na Gaúcha que apontava um índice de mais de 90% em favor do Pastor. “Ele nem é gremista nada, começou no Caxias” apontavam os mais otimistas.


Enfim, todo esse preâmbulo para situar que o Tite não chegou, como podemos dizer, muito prestigiado no Beira-Rio. Estava claro que a paciência da torcida seria curta.

E o time não embalou no Brasileiro. Até entendo que a culpa não era exatamente do técnico, mais até da direção que teimava em desmanchar e remontar o time com o campeonato em andamento. Para piorar o panorama, o clube da Azenha com um time pouco acima de medíocre e treinado por CELSO ROTH liderava com folga a competição.

Mas no final das contas, 2008 acabou sendo um ano bem positivo para o Inter, e consequentemente para Tite. Além de golear o Grêmio (e assim tirar o título deles), o Internacional conquistou (de maneira inédita para um clube brasileiro) a Copa Sul-Americana. Este é um feito muito mais importante que uma vaga na Copa Libertadores, por exemplo (a não ser que você venha a vencê-la no ano seguinte, mas isso já são outros quinhentos).


Tite começou 2009 muitíssimo bem. Apresentações de gala lhe renderam o Gaúchão, mas nunca aplausos da torcida que não se convencia com a presença daquele sujeito de camisa cor de vinho na beira do campo. Ela apenas o aturava. Se o Inter ganhava é porque o time é que era bom, se perdia o técnico é que não prestava. Foi o que aconteceu quando perdemos a Copa do Brasil e a Recopa. Depois veio o Grenal, e só Deus sabe como a cabeça do Pastor não rolou, já que era o desejo de todos (inclusive o meu). Ainda mais com Muricy e Luxemburgo desempregados. Mas não. Tite seguiu e junto com eles seus discursos de dar inveja a um bestseller de auto-ajuda.


Minha opinião hoje em dia é que o Tite é um bom técnico sim. Não inventa muito, na maioria das vezes escala o que tem de melhor, e costuma mexer bem. Às vezes dá preferência para suas ovelhinhas e cordeirinhos (marcelo), e/ou retranca mais do que deveria. Porém um de seus maiores defeitos - se não o maior - é o carisma. No caso, a falta de. Tite dá a impressão de ser um chato. Suas entrevistas são tão, mas tão chatas, que não dá vontade de ouvir nem quando o Inter faz uma atuação de luxo. Meu Tio Paulo uma vez me confidenciou que começou a gostar mais do Tite, no momento que parou de ouvir suas entrevistas. Fica a dica.


Mas uma coisa tem que ser dita: o Inter fez belíssimas apresentações em 2009. Mesmo o time campeão da América e do Mundo não jogava tão bonito assim. Eu sei que o jogo bonito não necessariamente traz títulos, mas já é um indício.


A real é que ninguém precisa gostar do Tite. Basta não secá-lo. Já está mais que comprovado que os times que menos trocam de treinadores são os mais vitoriosos. Então, no final do ano, se o Internacional for campeão brasileiro, trinta anos depois do tri-campeonato invicto, é dever de todo Colorado, fazer a seguinte tatuagem:



sexta-feira, 4 de setembro de 2009

LULA E O CALENDÁRIO BRASILEIRO

Leio na edição de hoje do Correio do Povo, a seguinte frase do ilustríssimo Presidente da República:
"Preocupa-me perdermos jogadores com 17 anos e os recebermos de volta aos 32. Não podemos vender meninos trazendo-os de volta aposentados."
Lula disse isso e mais um monte de obviedades para concluir - mais uma vez - que o calendário do futebol nacional deveria ser combinado com o europeu. Há algum tempo atrás eu não tinha opinião formada sobre este assunto. Agora tenho. SOU CONTRA. Meus pontos:

- Todo mundo bate na tecla de adequar o calendário brasileiro, justificando que os times são desmontados no meio do campeonato brasileiro. Bom, eu li uma reportagem na Folha de São Paulo da semana passada (se não me engano), em que dizia que a FPF era contra a mudança. Pelo simples fato de que saem tantos jogadores do Brasil no meio do ano como no final do ano. E a Zero hora fez uma mini-reportagem essa semana, alegando que a maioria dos times da série A se reforçou (Grêmio era um exemplo) ou se manteve mais ou menos parecido (Inter), e os desmanches eram minoria (Corinthians). A análise era subjetiva, mas mesmo assim aponta um caminho óbvio: é mais fácil os clubes se adequarem (como fizeram com a Lei Pelé) do que todo um calendário.

- Voltando à frase do caro Luís Inácio, não é mudando o calendário que os nossos guris vão parar de ir para Europa com espinhas na cara e voltarem já tomando viagra. Soluções mágicas não existem. Se tivessem mudado o calendário, o Pato teria sido vendido por 17 anos igual. O Douglas Costa só não foi vendido até agora, porque ainda não fez apresentações decentes.
A única maneira de realmente banir isso, seria criar uma lei (anti-constitucional) proibindo vender um atleta antes dos seus 20 anos (ou pelo menos criando uma multa violenta). Isso não agradaria nem os jogadores, nem os clubes e muito menos os empresários, mas resolveria o problema.

- Há alguns sujeitos na mídia e no próprio futebol (Paulo Autuori, por exemplo), que alegam que com a mudança do calendário, já deveriam aproveitar e acabar de vez com os campeonatos estaduais. Isso para mim seria um crime hediondo. É a história de nossos clubes que está em jogo. Quando vamos analisar a história dos clubes ingleses, ou italianos, por exemplo, podemos ver quem foi campeão nacional em 1926. Aqui não. Só existiam os estaduais. Matando eles, estaremos matando nossa história. Todos sabem que quando um campeonato é extinto, ele perde (e muito) seu valor, vide Taça Brasil, e mais recentemente Copa Sul. Isso sem falar, que acabando com os estaduais, provavelmente quebraria mais de uma centena de clubes Brasil à fora, gerando milhões de desempregados. Ou seja, cuidado, Presidente Lula.
Existem soluções menos drásticas para esse assunto, que é fazer as competições regionais um pouco mais curtas (dois a três meses) e não menos atrativas por isso.

- E o tópico mais óbvio de todos é o próprio calendário brasileiro. Nós já estamos acostumados. à ele. Alguém se interessa em ver um jogo no dia 31 de dezembro (ou pior ainda jogar esse jogo)? O normal é as pessoas tirarem férias no verão. É assim que funciona o mundo. E imaginem que tédio, julho inteiro sem futebol por aqui. Por fim, nada é mais bizonho que um campeão algum ano/outro ano. Não obrigado.

- Por fim, se querem arrumar o calendário brasileiro, ao invés de bagunçar tudo, pensem em resolver problemas sérios, e teoricamente mais simples. A Copa do Brasil, por exemplo, ser jogada o ano inteiro e por todos os grandes clubes brasileiros. Ela deve voltar a ser celebrada como uma competição séria e não um mero acesso a Libertadores que dá troféu. Faltam datas? Não creio. Primeiro que contra os times inexpressivos (até oitavas de final mais ou menos), os grandes podem passar tranquilamente usando times reservas ou mistos. Segundo, acabar com a palhaçada de dar 218 vagas para a Copa Sul-Americana e dar apenas quatro. Além de não banalizar o Brasileirão, no segundo semestre fica bem mais fácil de encontrar novas datas.



Presidente, eu posso não entender um ovo de bolsa-família, BNDES, pré-sal, mas de futebol, um pouco eu entendo. Por favor, só peço que pare de falar merda e estude um pouco o assunto. Eu votei no senhor duas vezes, não faça eu me arrepender.

saudações, Leo Garcia - e brilhe muito no Corinthians.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O MESTRE VEM AÍ

Como não poderia ser diferente, temos que saudar a volta do patrono deste ilustre/infame blog à Porto Alegre. Vem com um time desmontado e pega um Colorado embalado. Ou seja, tenho medo. Mas enfim, cá entre nós, a melhor coisa que o Pastor sabe fazer é vencer o Roth e espero que siga assim. É (mais uma) chance dourada para ficar na cola do Palmeiras.

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Já escrevi aqui uma vez e volto ao assunto porque alguma coisa não cheira nada bem por aí. Todo mundo sabe que a CBF convocou o Sandro e o Giuliano para a disputa do Mundial sub-20. Não preciso ir muito a fundo para todos perceberem o quão absurdo é isso. Gostaria muito de saber qual é o critério da CBF. Porque o Pato não é chamado, se ainda está na idade? A hipótese mais plausível de que jogadores da seleção principal não jogam mais nas de base acaba de cair por terra. Será que os times da Europa podem não aceitar uma convocação dessa? Qual seria o objetivo de preservar intacto os campeonatos europeus e enfraquecer o de seu próprio.
Existe uma outra possibilidade, que eu rezo para que não seja verdade: que a direção do Internacional quer ver tanto o Sandro como o Giuliano na seleção sub-20 para valorizar ainda mais estes atletas. Eu não posso (e não quero) acreditar nisso. Será possível que a direção pense em correr tamanho risco de não ganhar o principal campeonato nacional (que não ganhamos há 30 anos) só para faturar alguns milhões a mais. Tomara que isso não seja verdade e alguém da direção vá na CBF, proteste, faça o diabo, mas libere os dois jogadores para jogarem as rodadas decisivas do Brasileirão pelo time que paga seus salários e que está disputando o título.

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Saiu no Correio do Povo de ontem, na coluna do Hiltor Mombach, o ranking do pay per view deste ano. E que grata surpresa em ver o Colorado ultrapassando seu co-irmão na torcida (e grudado nos bambis). Além de ser uma ótima notícia, já que aumentamos nossa cota, isto é um indício das pesquisas que virão pela frente. Na capital já sei que voltamos a ser maioria.





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O recalque da Azenha com a Copa Sul-Americana parece interminável. Bom mesmo deve ser ganhar uma Segundona.
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Acabo de ler na internet a triste notícia que faleceu o Paulo Ramos, ex-jogador do Grêmio e que estava com problemas cardíacos. É sempre uma tristeza ver gente dessa idade morrendo. Que fique em paz.

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Por fim - e não menos importante - sou obrigado a homenagear outro ídolo colorado que estará no Gigante (e que pena que não seja vestindo o manto sagrado). O eterno Saci já revelou que se fizer gol não irá comemorar.

Rentería já é uma lenda colorada. Tipo Colômbia.