quinta-feira, 21 de junho de 2007

VOLTOU TUDO AO NORMAL NO RIO GRANDE - PARTE 2


Olha o que vocês perderam, foi tão divertido...


O colega Pablo Melo pediu e levou. Escrevo a continuação natural do seu texto. Ele diz que as coisas voltaram ao normal e eu concordo. Os gremistas passando vergonha (como na segundona), os colorados festejando (como no título continental e mundial) e os dois se enfrentando num Grenal com o Clube do Povo entrando como franco favorito. Comparando o ano dos dois, o do Inter é muito melhor. O Grêmio conquistou o Gauchão, ok. Ficou em vice na Libertadores? Beleza, daqui a 10 anos, isso só vai ser lembrado com risadas da vez que o Grêmio tomou uma saranda do time que sonhava (e às vezes pensava) ser. Já o Colorado conquistou a Recopa e garantiu mais um importante caneco para a sua sala de troféus. Detalhe é que pelo segundo ano seguido vai ser o único time brasileiro a conquistar uma competição de cunho internacional, além da tão falada Tríplice Coroa. Se o Pablo Melo não conhece o Pachuca, bom ele deveria ler mais sobre o futebol internacional atual (até entendo, há menos de dois anos, como ele mesmo relatou, só estudava equipes do nível União Barbarense e Anapolina). O Pachuca além de ser o bi-campeão vigente mexicano, e atual campeão da Sul-Americana, venceu o Torneio da Concacaf e já está com vaga assegurada no Mundial do Japão. O vendido do Wander Wildner poderia fazer uma música pro Pachuca dizendo que o Mundial está no caminho deles e seria a mais pura verdade. Diferente do Grêmio. E mesmo a final da Recopa fosse contra um time sem nenhuma expressão, não deixaria de comemorar a conquista. Já dizia o dito que o importante é faixa no peito e taça no armário. Tu por acaso não comemorou a conquista mundial contra o Hamburger? Ah não, me lembrei que tu ainda usava fraldas e tomava mamadeira nessa época.

Perspectivas para o Brasileirão: Grêmio não cai, com sorte pega uma sul-americana. O Inter ano passado também jogou diversas partidas com reservas e mesmo assim chegou em segundo. Esse ano, começamos mal, mas as coisas estão se acertando, jogadores bons estão chegando e como não há nenhum bicho-papão no campeonato (Botafogo líder absoluto, pasmem!), já credito o Colorado a um dos postulantes a levarem o Brasileirão.

Buenas, falemos do vexame de ontem então. Muitos gremistas me disseram que preferiam o Boca que o Cucuta na final. Eu também preferia. Para eles seria a maior final de todos os tempos. Para o Boca, a sexta conquista, mais barbada que as outras. Somando as duas partidas finais o resultado foi Boca 5 a 0. Andei pesquisando e essa foi a maior diferença em toda a história da Libertadores. Um papelão daqueles. Jamais um time fez um fiasco tão grande na hora H. Até uma criança de três anos conseguiu a ver a superioridade do Boca. Reparem que o Riquelme mal comemora o segundo gol. Já tava ficando meio chato. E pra não desvalorizar o torneio de vez escolheram o pior batedor do time para errar o penalti de propósito. Eu até entendo, se o jogo está pasando para vários países do mundo, não é uma boa passar a imagem que uma equipe da qualidade do Grêmio em 2007 chegue na final.

Isso não era difícil de prever. O Grêmio perdeu nada menos que 5 jogos antes de chegar na final. Pra efeitos de comparação, o Colorado em 2006 só perdeu uma e foi com um golzinho no final do jogo na altitude do Equador. É inegável que o Inter tinha um time forte e digno de levantar a taça da América. Diferente do Grêmio esse ano, um time não mais que mediano, em boa fase, bem armado e com sorte. Nem os mais otmistas dos gremistas imaginava que chegariam tão longe no início da competição. Se chegassem numas oitavas ou até numas quartas tava mais que bom (palavras proferidas por Pablo Melo a esse que vos escreve). Deu no que deu. O mais engraçado foi ver a prepotência e a arrogância gremista querendo acreditar na mentita da “imortalidade”. Porra eu vi o Tcheco falando em uma entrevista que eles tinham criado esse rótulo e o time o utilizaria para reverter o irreverssível. Só mostra que o Tcheco nada conhecia da história do time, sem saber que isso já existia há muito tempo atrás, espécie de um apelido para o time (o equivalente a Clube do Povo do Inter), algo retirado das estrofes do hino. Tcheco, o capitão amarelão do Grêmio (que nem o companheiro Schiavi respeitou traçando sua mulher), não tinha mesmo condições de levantar o troféu da Libertadores. Com relação a super torcida elogiada no Brasil inteiro (como a do Inter foi ano passado, etc), parece que vaiaram vários jogadores ao final da partida, entre eles o Lucas. Pô, o cara que levou o Grêmio ano passado a terceira colocação no campeonato brasileiro (e conseqüentemente a Libertadores), escolhido o melhor jogador do torneio pela Placar foi vaiado só porque já tava vendido. Alegaram que ele tirou o pé. Na minha opinião tirou tanto o pé como qualquer outro jogador tricolor, que jogaram pressionados a fazer algo que eles não tinham nenhuma possibilidade. Algo como voar ou caminhar na água.

Ontem eu e a turma vermelha fizemos um churrasco feliz e vencedor. Diferente do churrasco que tu promoveu ano passado, que acabou virando um verdadeiro funeral. Como o Olímpico ontem

Espero que que os gremistas aprendam pelo menos uma lição (o que é difícil para eles que de eterno só tem arrogância): de nunca mais puxar o saco de ninguém. Especialmente se esse alguém for argentino.

3 comentários:

Sidarta Martins disse...

Gostei da sua elegância ao colocar seu ponto de vista. é raro no futebol isto.

Abraços,

Anônimo disse...

Léo,

Imortal é este teu texto.

Formidável, no estilo e no conteúdo.

Que bom que eles pensavam com a prepotência (típica deles, imortal junto das suas companheiras inseparáveis - a arrogância e a soberba - eu diria) e o Boca com a inteligência.

Ainda estão tentando entender o que aconteceu.

Eu nunca me esquecerei...

Anônimo disse...

Ótimo texto.