Gurizada, já ta a venda o livro do meu amigo e colega de trabalho Emanuel Neves. O cara escreve muito bem, falamos que se ele tiver mais de 40% de vendas em relação ao livro do Felipe Sandrin (cujo nome é Amor Imortal) na feira do livro a vitória é dele, já que o livro é relacionado com a torcida que segundo todas as pesquisas tem cerca de 40% de fãs contra 60% do Grêmio.
Além do cara escrever bem, ler é um bom programa pra quem não tem mais time para torcer nos finais de semana.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
PARABÉNS LEO GARCIA,RECONHECEU QUE A TORCIDA TRICOLOR É A MAIOR DA REGIÃO SUL DO PAÍS... EHEHEHE
O EMANUEL NEVES MERECE TODO O SUCESSO, E APESAR DO GOSTO DUVIDOSO PARA ESCOLHER TIME DE FUTEBOL, É UM CARA MUITO GENTE FINA!
Favor conferir nome do autor do post antes de comentar. Obrigado.
É VERDADE, PEÇO DESCULPAS A TI LEO GARCIA, É QUE HOJE PARA MIM É FERIADO E TALZ, E PASSEI DA CONTA NA PATRICIA... AHAHAHAHHA
AQUI UM TEXTO DE UM RARO LÚCIDO COLORADO, RETIRADO DO ESPAÇO VERMELHO NO SITE FINALSPORTS:
Por que o Grêmio será campeão.
Por Andreas Müller
27/10/2008-15:38:36
O Grêmio será campeão porque o Inter deixou. Porque não encontrou nenhum adversário minimamente decente neste campeonato brasileiro. Ora, só o Inter poderia ter sido campeão brasileiro neste ano. Só o Inter e mais ninguém. O Inter, afinal de contas, era dono do melhor ataque do Brasil, com uma base mais ou menos mantida, oriundo de um Gauchão conquistado com goleada histórica e outros quetais. Mas o fato é que este mesmíssimo Inter tirou férias em 2008 e abriu caminho para que todos os times medianos do país – o Grêmio entre eles – buscassem a consagração.
Graças ao Inter, o Campeonato Brasileiro se tornou uma disputa ferrenha entre times meramente razoáveis. Grêmio, Palmeiras, São Paulo e Cruzeiro, os atuais candidatos ao título, estão todos no mesmo nível de qualidade técnica – não se deixe enganar, eles estão sim. O Inter é que está acima de todos eles. Ou melhor: tem potencial para estar. Mas o Inter, hoje, é um clube esquizofrênico, alheio à realidade, interessado somente no que se passa dentro dos muros do Beira Rio. O resultado é que, neste Brasileirão, quem despontou foi a turma dos medíocres. Turma que passou o ano inteiro embolada, sem desequilíbrios, sem ninguém que despontasse como um genuíno “favorito”. Até porque o verdadeiro favorito dormitava na 11ª posição...
Pois agora o Grêmio será campeão. Será campeão porque foi sempre o time mais organizado da competição. Porque dispunha de ótimo entrosamento e um preparo físico que – pelo menos no primeiro turno – era verdadeiramente assombroso. Em resumo: embora medíocre, o Grêmio será campeão porque teve tudo aquilo que faltou ao Inter. Que fique claro, o Inter que nunca teve organização e muito menos entrosamento. Coletivamente, sempre foi um deus-nos-acuda. Preparo físico? Só fomos ter algum no final de setembro, quando já era tarde demais. Aqui, é preciso fazer um reconhecimento: a simples melhora no fôlego foi suficiente para provocar uma mudança radical de desempenho. Basta conferir os números do segundo turno. Finalmente, o Inter vem apresentando um aproveitamento digno de postulante ao G-4.
Muitos leitores aqui do Final Sports ainda não entenderam a razão das minhas críticas a D’Alessandro. Então aqui vai mais uma tentativa de explicação: D’Alessandro tirou energia e recursos demais do clube num momento em que todas essas energias e recursos deveriam estar concentradas na competição. Ora, o Inter afundava no Brasileirão, marcava passo contra os Ipatingas da vida e começava a se tornar cativo da 11ª posição. Mas ninguém se importava com isso no Beira Rio. Ao contrário: tudo que movimentava os dirigentes e até os torcedores colorados era a contratação de D’Alessandro. Será que ele vem? Será que ele não vem? Era o que todos se perguntavam num momento em que as perguntas deveriam ser outras.
Pois D’Alessandro veio – e nada mudou. Fora o show do Gre-Nal, em que realmente teve uma atuação soberba, o argentino tem jogado somente de si para si mesmo. No jogo contra o Boca, parecia mais interessado em dar uma caneta num xeneize qualquer do que armar um bom contra-ataque. Na partida contra o Atlético-MG, decisiva para as pretensões do Centenário, alegou cansaço. Nas demais partidas, tem sido o bom jogador que é, com toque de bola refinado, mas incapaz de render tudo que pode – o resto do time, convenhamos, é uma bagunça. No final das contas, a verdadeira “contratação de luxo” do Inter em 2008 foi a do preparador físico Fábio Mahseredjian. Ele sim, fez toda a diferença.
De certa forma, o Grêmio será campeão para nos dar uma lição: a de que a conquista de grandes títulos não depende – e nunca dependeu – de grandes contratações. O que realmente determina o sucesso de um time é ter um método de futebol. É ter planejamento e, principalmente, ter foco na conquista de resultados dentro de campo, a partir de um trabalho COLETIVO. O Grêmio teve tudo isso e mais um pouco. Seria campeão mesmo com onze Pereiras em campo. Mas o fato é que contou com grandes talentos individuais – que muitos de nós, colorados, nos recusamos a ver. Réver, Rafael Carioca, Douglas Costa e William Magrão, por exemplo, são jogadores acima da média. Tcheco, em que pese a cabeça-fraca, jogou como nunca. É óbvio que nenhum deles se compara a um D’Alessandro, Nilmar, Alex, Guinazu ou até mesmo a Magrão. Só que, encaixados em um time organizado, todos eles são capazes de produzir muito mais do que os nossos incensados ídolos de camiseta vermelha.
Para 2009, o Inter tem de aproveitar essa lição para reformular suas convicções de futebol. Manter NIlmar e Alex será praticamente impossível. Contratar alguém à altura, idem. O ideal, portanto, é apostar em jogadores que ainda não têm nome nem fama – mas que têm vontade e bola no pé. Se é para fazer alguma contratação cara, que seja para a casamata. Tragam Vanderlei Luxemburgo, Mano Menezes ou qualquer outro técnico que tenha condições de trabalhar o grupo do Inter coletivamente. Tite já provou ser incapaz de comandar o Inter. É um profissional com alto potencial, claro que sim, mas tem dificuldades para se impor num grupo com tantos egos inflados como o do Inter. Quanto aos jogadores, a direção colorada deve buscar um grupo coeso e mais enxuto, estável e comprometido com a busca de títulos. Um grupo que tenha tranqüilidade para trabalhar, que não mude o tempo todo e no qual todos tenham chance de brilhar conforme o seu desempenho – e não apenas conforme o nome que carregam nas costas.
Aos gremistas, deixo as rotineiras flautas de lado para dar meus parabéns antecipados. Acho quase impossível vocês perderem esse título. Se perderem, de qualquer forma vocês tiveram uma participação invejável neste campeonato. Aproveitem e façam uma estátua de Vitório Piffero lá no Largo dos Campeões. Parte desse título vocês devem a ele.
Postar um comentário