DIVISOR

A tendência é o Inter confirmar a boa fase e bater o Mengão domingo. Aí vem o grenal, que deverá ser um divisor de águas. Imagino que agora as gazelas vêm com força máxima ou pouparão um que outro pra usar a desculpa do time misto no caso de um eventual fracasso. Mas isso não tira em nada a importância deste confronto.

Seguindo minha linha de raciocínio, se o Colorado passar pelo Grêmio e avançar na Sul-Americana tem tudo pra finalmente deslanchar no Brasileiro. O Botafogo (logo ele) tá aí pra provar que é só engatar uma série de vitórias que já se chega no pelotão de frente (ok, convenhamos que não é tarefa nada fácil, principalmente nos jogos fora de casa). E o Grêmio saindo derrotado (ou eliminado) do grenal vai ter seu desempenho prejudicado no Brasileirão, disso eu não tenho dúvidas. Só um cego ou uma besta não sabe das conseqüências drásticas em termos de moral que é perder este clássico dos pampas. E por isso mesmo eu não quero nem pensar na hipótese de eliminação colorada. Uma pena que estarei em São Paulo e não poderei assistir in loco naquela espelunca chamada Olímpico. Verei em um bar com o colunista radicado em São Paulo, Pinty. Se vocês lerem alguma notícia de dois gaúchos que se esfaquearam em Sampa já podem imaginar quem são.

Não que isso tenha alguma relevância, mas eu não me lembro nas últimas décadas o Grêmio ter passado pelo Inter em mata-matas nacionais ou internacionais. Me vem a memória a semifinal do brasileiro de 88 (A.K.A Grenal do século, que foi disputada em 89), as quartas-de-final da Copa do Brasil de 92 (Inter sairia campeão) e a própria Sul-Americana de 2004 (se não me engano no jogo de ida a torcida colorada cantou “parabéns a você” ao rival depois de vencer). Espero que continue assim.

“Cuidado, ó Grêmio, nós vamos derrubar o chiqueiro!”.