segunda-feira, 3 de março de 2008

Sobre Mestres, Faraós e Futebol

Bem amigos do Mestre Celso! Estou de volta depois de um mês de recesso, em que nosso site ficou abandonado às moscas (ainda sim melhor que dominado por torcedores da Azenha). Tenho bastante coisas futebolísticas para contar, mas antes esclareço uma pequena polêmica:
O nome do blog segue o mesmo. A ironia sempre esteve presente porque mestres eram Telê, Ênio Andrade, entre outros e o nosso glorioso Celso Roth era o oposto disso. Não que seja mau técnico, mas é que ele já virou um folclore aqui no Sul, seja por ser retranqueiro ao extremo, turrão ou por sempre começar bem com o time e depois afundar. Alguém pesquisa isso, mas acho que ele nunca ficou mais de um ano meio direto em um mesmo time. Tendo esclarecido isto, sigo a crônica.

Minha viagem começou pela Espanha, onde estive nas cidades dos seguintes times: U.D. Salamanca, Real Madrid (e Atlético), Zaragoza, Real Sociedad, Athletic Bilbao e Racing Santander. Os jornais espanhóis já dão Ronaldinho como acabado e que sua saída do Barca é questão de tempo. Luís Fabiano tá quebrando a banca e os reis da liga são Robinho e Messi, com leve vantagem para o argentino, apesar do Real estar sempre na liderança. Meu fracasso absoluto ficou por conta do jogo Real e Valladolid. Cheguei a ir na frente do Santiago Bernabeu pouco antes da partida, junto com meu amigo italiano. Os ingressos já estavam esgotados e um cambista queria nos vender uns lugares ruins por 70 euros cada. Muito caro, decidimos não comprar. Fiquei torcendo que o jogo fosse 0 a 0, mas não foi nada mais nada menos que 7 a 0. Que merda.

Meu segundo destino foi o Egito, terra do glorioso Al-Ahly. E até acredito que graças ao nosso combate no Japão, o Colorado está bem conhecido por lá. Quando eu caminhava com a camisa do Inter, vários caras comentavam coisas, e um deles até falou em Fernandao (assim sem o til).


Na foto eu, um típico árabe, com minha camisa do Al-Ahly caminhando por um bazar na beira do Nilo

O povo egípcio é apaixonado por futebol e como não poderia ser diferente, pelo futebol brasileiro. Os vendedores das tendinhas sempre perguntavam de onde éramos e depois de falar Brasil em 90% das vezes eles retrucavam como nomes de jogadores, quase sempre Ronaldo, Ronaldinho ou Kaká, mas até umas bizarrices como Denílson. Eu retrucava falando Abu Treka, o herói do Egito (e que joga no Al-Ahly, espécie de Flamengo local) que recém foi bi-campeão da Copa da África.


Abu Treka é o cara

Outro fenômeno é a dimensão da Champions League lá. Assisti o 0 a 0 entre Arsenal e Milan em um buteco de uma pequena cidade. Deixo claro, que no bar não vendia bebida alcoólica, todos bebendo muito chá e fumando muito narguilés, e torcendo bastante (mais pelo Arsenal, provavelmente pelo jogador africano). Este belo comercial, feito especialmente para os árabes, que vi umas dez vezes na tv de lá, mostra o espírito da coisa.



Já escrevi demais, na seqüência conto mais coisas bacanas. Até.

PS: o badalado campeonato paulista, “o melhor estadual do país” (único que é citado e transmitido pela imprensa internacional) tem as seguintes potências como três primeiros colocados: Guaratinguetá, Barueri e Ponte Preta.

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