quinta-feira, 27 de março de 2008

GARRINCHA, ALEGRIA DO POVO


Ontem assistindo ao jogo Brasil e Suécia, em homenagem ao cinqüentenário da primeira Copa vencida pela esquadra Canarinho, me senti na obrigação de escrever este texto. Na verdade estou pra escrever há um bom tempo já, é sobre um livro que li nas férias: Estrela Solitária – Um Brasileiro chamado Garrinha. Este livro, do escritor Ruy Castro, é de 1995, grande pra caralho (536 pgs), mas afirmo com todas as letras que é uma leitura obrigatória para todos os amantes do futebol (e não só para eles). A história de ascenção e queda de Mané é impressionante. Depois de todas de devorar todas as páginas, o leitor entenderá muito mais como funcionava o futebol antes da profissionalização nas décadas de 50 e 60, em que eram raros os jogadores ganhavam fortunas com o esporte. Sem falar nas centenas de histórias, causos e curiosidades que o autor nos conta. Como por exemplo que o Garrincha foi o primeiro jogador da história a devolver uma bola para o time adversário (inventor do fair play) e que a Seleção não tenha perdido nenhuma partida que ele tenha atuado. Ou ainda que o Bellini quando levantou a taça da Copa de 58, com as duas mãos estendidas acima da cabeça, estava criando um gesto que seria imitado no mundo inteiro a partir de então, em quase todos os esportes. Outra coisa que fiquei sabendo é que o Garrinha não era burro, como eu imaginava, isto foi um mito que foi criado e aumentado com o tempo. Ele era sim muito gozador, mulherengo supremo (não é a toa que tenha nascido em Pau Grande, RJ) e por vezes ingênuo. Mesmo sabendo de seu triste fim, quando lia eu tinha esperança que ele voltasse a jogar seu genial futebol depois de 62, que largasse a bebida e seguisse encantando milhares de pessoas no mundo inteiro. Mas o problema das biografias é que elas nem sempre tem final feliz.
Garrincha é eterno.



5 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Todos dizem que era um jogador fantastico etc..ganhou copa do mundo inclusive, concordo que ele era muito bom. Agora, as imagens que aparecem dele hoje em dia, nos dão idéia de um cara totalmente balaqueiro e nada objetivo. É sempre um drible pra frente e um pra tras....

Leo Garcia disse...

É por isso que eu recomendo a leitura do livro, para acabar com estereótipos. Mesmo sendo "balaqueiro", o Garrincha era um gênio, e como viveu no tempo pré-tv, muitos não tem noção do que ele fez pelo futebol, além dos seus dribles.

Eduardo Horta disse...

Pelo vídeo, dá pra dizer que mesmo hoje em dia o Garrincha seria craque. Ele teria que jogar um pouco diferente, claro, por exigências da cultura tática moderna, mas ainda assim jogaria muito.

Cruz disse...

cara esse video eh muito legal. Meu pai disse que viu essa turma jogar...pele, garrincha, tostão e por ai vai...
Vçs sabem a história do pele e do garrincha sobre o rádio que o Pele comprou na suécia? essa tb eh boa