quinta-feira, 31 de maio de 2007
UMA EQUIPE RUMO A IMORTALIDADE
quarta-feira, 30 de maio de 2007
terça-feira, 29 de maio de 2007
SOBRE O INTER
Inter, Campeão do Mundo
Bem, lá se foi a vizinhança. O título mundial era privilégio de uma casta de times aguerridos capazes de lutar até o último segundo em busca da vitória. Os ataques rompiam aos trancos as defesas adversárias, o meio-campo trucidava os incautos aventureiros que ousassem passar pelo setor e a defesa distribuía patadas e botinadas em todas as direções. Até que o Inter chegou...
Não há dúvida que Deus, em sua infinita sabedoria, decidiu dar esse presente inesquecível aos colorados. Ao contrário da lógica, do bom senso, o Inter não se reforçou para o mundial.Muito pelo contrário. O time campeão da Libertadores com Rafael Sóbis, Tinga, Jorge Wagner e Bolívar era infinitamente superior ao que levou a taça de campeão mundial.Mesmo com tudo errado, mesmo mantendo o técnico Abel Braga o Inter chegou ao título máximo do futebol. Atingiu finalmente um nível internacional. Deixou de ser mirim, uma equipe patética e ridícula que vivia sonhando com o time de 1979 (que diga-se de passagem amarelou na Libertadores). Agora o colorado é de fato um time grande.Porém, pode o leitor pensar que o título obtido pelo Inter contra o Barcelona foi injusto. Nada mais falso. A vitória foi merecida. Enquanto do outro lado, aquele dentuço amarelava para o lateral Ceará, o Inter insistia em uma retranca espetacular. Aliás, basta olhar as estatísticas do jogo. Todas são a favor do Barcelona (posse de bola, chutes a gols, escanteios, etc.).Isso é ruim? Lógico que não. Assim mesmo é que se ganham títulos. Com a boa e velha retranca. Então, em um contra-ataque comandado por Iarley (que já tinha sido campeão mundial pelo Boca Juniors) há um passe perfeito combinado com uma monumental sucessão de erros bisonhos da defesa da equipe espanhola e acontece o gol fatídico.
Neste ponto, talvez, Deus tenha exagerado um pouco. O gol foi de Adriano Gabiru. Ele era sem dúvida o jogador mais odiado e contestado do grupo do Inter. Só foi ao Japão porque o atacante colombiano Rentería se contundiu. Bem, quer a torcida goste ou não Gabirú é o ídolo máximo do Inter. Falcão, Capapava, Figueroa são todos figuras pequenas e risíveis diante da dimensão do feito de Gabirú. O mais incrível é o fato de que a ficha ainda não caiu para a torcida colorada. Muitos ainda vêem o título mundial como apenas mais uma conquista. Pergunte a um torcedor do Inter qual foi o melhor time o de 79 ou o de 2006. A resposta normalmente demonstra toda a falta de grandeza dos colorados....Porém, depois de toda a festa do Internacional há um consolo para os gremistas. O fato é que em 2006 o Inter alcançou o ponto mais alto de sua existência. Não há como subir mais. Só existe um caminho daqui para a frente e é para baixo. A velocidade estonteante da queda vai atingir os colorados. Daqui para frente são anos de tormentos inenarráveis, times bisonhos, técnicos patéticos até que Deus tenha pena e resolva jogar junto de novo.
segunda-feira, 28 de maio de 2007
Eu não sou o David Coimbra. Ainda bem.
Eu iria escrever como o Vitório Piffero em apenas 5 meses conseguiu ser o pior presidente da história do Internacional, e como o segundo tempo do jogo contra o Fluminense foi o mais patético que eu já vi o Colorado jogar em toda minha vida. Mas não estou mais com vontade de falar sobre isso. Então, já que meus colaboradores não colaboram, requento um texto meu que escrevi quando ainda morava na terra da UEFA. Esse texto foi originalmente publicado no site futebolístico do amigo Carlo, o Sem Caneleira. Aqui vai:
Contos Futebolísticos mais Curtos que os Braços do João Gabriel
Seu Aírton
Avelã
Josias
Josias tinha 14 anos e era gandula do Clube Esportivo Aimoré. O dia mais triste da vida dele foi aquele 23 de abril. O Sr. Lopes Robeiro, então juiz da partida, inventou um penalti para o Lajeadeanse nos acréscimos do segundo tempo. A torcida não perdoou e a última imagem que Josias viu foi um enorme rádio destinado ao Sr. Lopes Ribeiro atingir sua cabeça. O dia mais feliz da vida de Josias, foi aquele 24 de abril, quando Jorge Luiz, a Bala Mais Rápida do Vale dos Sinos, foi lhe visitar no Hospital e lhe deu suas meias autografadas.
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Romário é o Cara
Eu sou fã do Baixinho. Quando o Inter foi tetra gaúcho em 2005, eu levei um cartaz com a foto dele com a camisa do Colorado pra Campo Bom. Ninguém no estádio entendeu a analogia, mas a minha homenagem estava feita.
Todos sabem que o Romário não fez 1000 gols como profissional (quase 100 foram em jogos infantis, juvenis, juniores e com amigos), mas o fato de ele conseguir mobilizar toda a imprensa com um troço que tinha tudo para ser falso, apenas aumenta sua lenda.
Como eu já disponibilizei aqui um vídeo com os melhores gols da carreira dele, coloco abaixo algumas de suas frases mais célebres:
"Eu nunca fui exemplo para ninguém."
"Quando durmo muito, não faço gols, por isso gosto de ficar na noite."
"O Pelé calado é um poeta. Dentro de campo, ele foi o nosso pai. Fora dele, tem de colocar um sapato na boca."
"Quem tem que se preocupar com imagem boa é aparelho de TV"
"Zico não ganhou nada."
"Não sou cavalo paraguaio. Mais uma vez, mostrei quem é o puro-sangue." (após ser o goleador do Brasileirão 2005)
"A corte agora está contente. O rei, o príncipe e o bobo" (em 2000, após goleada do Vasco sobre o Olaria, chamando Edmundo de bobo, que disse que Romário na época era o príncipe, e incluindo ainda o presidente do clube, Eurico Miranda)
"O cara nem entrou no ônibus ainda e já quer sentar na janela", em 2004, criticando o técnico Alexandre Gama, do Fluminense, que o tinha barrado.
"Quando eu nasci, Deus apontou o dedo em minha direção e disse: esse é o cara"
terça-feira, 22 de maio de 2007
Amarelei
Se o caro leitor costuma assistir ao campeonato brasileiro, com certeza já viu esse comercial. Me dei o trabalho de baixar ele no site da Dal Ponte e colocar no youtube, pra tirar a dúvida se o problema é comigo.
As cinco primeiras vezes que eu vi, não prestei atenção. Acho que na sexta eu pensei que grito mais mongol esse “uh, uh, amarelô, uh, uh, amarelô”. Na sétima vez no final quando o locutor diz que é a marca oficial da seleção brasileira de futsal, eu pensei que bom que a locução me informou que era a seleção. É que sei lá, quando aparece o Ronaldinho, o Roberto Carlos, não é necessário apresentar. Mas alguém sabe a fisionomia da seleção de futsal? As seis vezes seguintes resolvi não prestar mais atenção. Na décima quarta parei e finalmente entendi o comercial. Gostaria de saber se eu sou meio retardado ou vocês também demoraram para sacar a super idéia.
PS: Antes de eu ir no site oficial da marca, procurei no youtube por “comercial seleção futsal topper” e e não achei nada lá. Só quando vi pelo décima quinta vez me dei conta que era Dal Ponte.
segunda-feira, 21 de maio de 2007
2007: ano bom pra quem?
Pois bem. Daqui a um mês o panorama já vai ser outro, e quando olharmos em retrospecto ao final do ano, veremos que 2007, se não tiver sido "O" ano pro Inter, pelo menos terá sido melhor pros Vermelhos do que pros azuis.
No dia 24 de Junho, no estádio Beira-Rio, Inter e grêmio se enfrentarão pela primeira vez no ano. Neste dia, o Colorado já terá ganho a Recopa e estará à frente do tricolor no Brasileiro. A Libertadores 2007 já vai ser passado para ambos os times (pois todos sabemos quem vai se classificar no jogo desta quarta-feira). Então, às 18:09 do dia 24 de Junho, faltando 1 minuto para o Gre-Nal começar, os colorados já poderão dizer: "É, 2007 já está sendo um ano melhor pra nós do que pros tricolores. Já passamos deles no Brasileirão, e eles só ganharam o Gauchão, enquanto nós levantamos uma taça internacional!"
E então, após o jogo, o destino dos dois times estará selado. O Colorado vencerá o duelo, agravando a crise no time da Azenha ("agravando" porque a crise começará antes. Aguardem!). Ao fim do ano, o Inter estará entre os quatro primeiros da tabela - possivelmente será campeão - e portanto estará classificado para a Libertadores 2008, além de ter feito no mínimo 4 pontos nos dois Gre-Nais. Já o grêmio, com seu limitado grupo de jogadores e um time que só sabe jogar com altas doses de motivação (portanto um time desajustado para competições de pontos corridos) conseguirá no máximo uma vaguinha para a Copa Sul-Americana.
Então é isso. E dá-lhe grêmio na Sul-Americana 2008.
domingo, 20 de maio de 2007
Premiere Futebol Clube
A coisa que mais me irrita são umas pesquisas totalmente aleatórias, do tipo “que grande clássico do futebol brasileiro você gostaria de reever”? Aí vem três opções de jogos do campeonato do ano passado (ou seja não são jogos importantes, antigos, raros, nada), e cada quinze minutos, o narrador fica dando as parciais, que mudam um ou dois por cento até o final do jogo. Sério, será que eles não percebem o quão imbecil é isso? Na Globo, por exemplo, rola uma perguntinha do internauta, que pode ser pertinente ou não, mas com certeza é mais interessante do que parciais que levam do nada a lugar nenhum.
A transmissão do jogo de ontem (Atlético-PR e Inter) pelo Premiére merece comentários à parte. O lance crucial do jogo, a expulsão do Maycon no comecinho do segundo tempo, não foi mostrado nunca. A câmera não acompanhou a jogada, e só vemos os dois jogadores caindo no chão. Segundo amarelo para Maycon e nenhum mísero replay foi mostrado. Até agora não sei se a expulsão foi justa ou não. Com relação a narração e comentários, cada vez mais acredito que há um teste em que só são admitidos pessoas acéfalas.
Exemplo 1: o Ceará faz um gol, o juiz anula e dá um amarelo pra ele. No replay vemos que a bola não pegou em sua mão e sim no seu ombro. Então a equipe de transmissão avisa que o juiz deve ter dado impedimento do jogador. Claro, todos conhecem a regra muito bem, todo impedimento tem que ser penalizado com cartão amarelo.
Exemplo 2: Pato é substituído, entra o Iarley. Essa troca foi obviamente muito comentada pelos analistas. Passa uns dez minutos e avisam que o Alex vai entrar. Aí o Jader Rocha avisa mais de uma vez que quem vai sair é o Alexandre Pato, camisa 11. Depois de mais de um minuto de constrangimento, é desfeito o mistério: o Atlético está substituindo antes. O mesmo Jader Rocha que em certo momento disse que foi muita sorte o Inter ter errado um gol. Sorte só se for pra ele.
Mas poderia ter sido pior: o comentarista podia ser o Maurício Saraiva.
sábado, 19 de maio de 2007
Curtas
- Sobre o Magrão, o novo objeto de desejo dos vermelhinhos: ele não possui a mesma função do Edinho? Se os dois jogarem juntos, o Inter vai um dos meio-campos mais toscos do Brasil.
- Será que os eliminados continuam achando que o seu grupo da Libertadores era mais forte que o nosso? O Vélez ficou pelo caminho e o Nacional perdeu na partida de ida para o surpreendente Cúcuta.
- Rivalidade e cornetagens à parte, parabenizo o amigo Leo e o pessoal Hype Studio pelo belo trabalho que fizeram.
- Acabei de descobrir que dois comentários abaixo já falavam de alguns dos assuntos que eu abordei aqui. Mas eu juro que eu não sabia deles quando escrevi este post...
quinta-feira, 17 de maio de 2007
PROJETO GIGANTE PARA SEMPRE
Como a maioria dos leitores daqui sabem o projeto é dos guris da Hype e o vídeo foi realizado em parceria com a minha empresa, a Maria Cultura.
A locução do Dani Gris é demais.
sexta-feira, 11 de maio de 2007
O Saci te Observa
O Saci te observa
Te observo, co-irmão. Algo longe, pois meu escudo e espada não foram suficientes para vencer mais uma guerra. Estava cansado, mas achei que não precisava comer nem beber água. Estava imbuído do espírito que me levou às grandes glórias que trago no peito. Fracassei, agora apenas descanso. Fecho as feridas para uma nova batalha, enquanto te vejo seguir adiante nos campos que conquistei.
Teu povo faz troça e diz que não sou o mesmo. Não me importo. Sei do respeito que tens e sei que hoje só enchem a relva por estarem seguros da minha ausência. Sempre que nos cruzamos, co-irmão, nas grandes batalhas, eu venci. A minha saída te dá a esperança de um futuro melhor. Sei que funciona desse jeito, como sempre funcionou. Hoje, sento no cume do monte onde ergui meu palácio, de onde posso ver toda a terra coberta com as minhas bandeiras vermelhas. Daqui, vejo que tens algumas virtudes. Sabes aproveitar a vantagem sobre os fracos inimigos. Tens um comandante que conheço, pois foi criado na minha casa, o que lhe dá a virtude de vencer sabendo por quê, mesmo com os temores da juventude.
Não sei se tens, porém, as virtudes para desalojar-me do meu palácio. Seria doído entregá-lo para o eterno rival, dizem meus pupilos, que fazem votos pelo teu fracasso. Eu havia deixado de me importar contigo já faz alguns anos, quando te via chafurdar nos charcos de lama junto com adversários de segunda. Depois, quando saíste do poço, até olhei de soslaio, mas estava mais preocupado afiando a espada, pois a conquista do mundo era um caminho a trilhar.
Como admites, co-irmão e rival, foi um caminho e tanto. Cruzamos o mundo a falcione, vencemos os pequenos e gigantes. Alguns dos teus discípulos, tomados de inveja, desdenharam. Disseram ser inglórias as batalhas, mentirosas as conquistas. Chegaram a queimar o meu jardim numa tentativa súbita de chamar atenção. O bem maior me esperava, então pouco liguei para coisas pequenas como o ciúme.
Hoje, jogando nos mesmos campos, tu segues adiante, eu fico. Tivemos o mesmo caminho, mas lutei contra escudos de metal e tu, contra broquéis de madeira. Faz parte. Quem um dia dobrou o aço não se contenta em partir o ferro. Fui soberbo, foste humilde. Cabe a mim perceber onde errei e seguir adiante para mais uma conquista.
Não vou pedir de ti, rival, a modéstia que nunca tiveste. Teus pupilos não falam, mas sabem a verdade. As taças que tens para conquistar estão no meu palácio e um longo caminho ainda tens para percorrer antes de tocá-las. Se o fizerdes, serás digno do meu cumprimento. Se fracassares, ao menos veja minhas pegadas e reaprenda como se constrói o caminho. Seguirei te observando, do topo do mundo, de onde podes ver a fumaça do meu cachimbo.
Daquele que sempre te venceu e hoje tem o mundo aos seus pés,
SCI.
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Preocupação Gremista
Comecei a me preocupar quando li uma declaração na terça de algum dirigente do clube dizendo que uma eliminação não mudaria nada no São Paulo. E foi isso que eu vi: um time que já entrou em campo derrotado, sem nenhum poder de reação. E o Aloísio tem que ser enviado urgentemente prum asilo.
Mas enfim, depois da vitória de ontem, depois de todo buzinaço, os gremistas começaram a cair na real e a se preocupar. Se o time avançar mais pode vir a jogar a final contra o Boca. Isso apavora as gazelas da Azenha. Porque se for essa final eles ficarão na dúvida para quem torcer. Mas tenho certeza que a maioria do Olímpico vai ficar com seu time de coração. E talvez uns 15% ainda apóiem o Grêmio.
segunda-feira, 7 de maio de 2007
Abram o olho... depois não digam que eu não avisei!
Dito isto, vamos analisar friamente o embate Grêmio x Juventude. No primeiro jogo, o André entregou um gol de lambuja pro Carlos Eduardo, e o árbitro anulou um gol legítimo do Ju. Placar hipotético: Juventude 4 x 2 Grêmio.
No jogo de volta, novamente o André falhou feio e presenteou o adversário, desta vez o Diego Souza. Placar hipotético: Grêmio 3 x 1 Juventude.
Eu não quero aqui entrar no mérito do "se isso, se aquilo". O Grêmio é o campeão gaúcho e era isso. Mas os tricolores que não se iludam: abstraindo as falhas do André e o erro do juíz, Grêmio e Juventude empataram o confronto em 5 a 5. Dito de outra forma: os jogadores de linha do Grêmio conseguiram por mérito próprio marcar o mesmo número de gols que os jogadores de linha do Ju. Ora bolas, onde está a grande superioridade nisto?
Vejam bem: até eu sei que o co-irmão da Azenha é mais forte que o Ju, mas acontece que o time da serra é bem fraquinho, e a superioridade do tricolor não é tão grande assim. Resumindo: se o Juventude é um time bem fraquinho, o Grêmio é, na melhor das hipóteses, um time fraco.
Então, tricolores, abram o olho! Depois não digam que eu não avisei.
quarta-feira, 2 de maio de 2007
Hoje vamos ver
Já falei e repito: vai ser o primeiro jogo do ano que vou secar. Estava de sangue docíssimo esse ano, mas as gazelas já começaram a se achar outra vez e vão ter o que merecem. E da-lhe São Paulo!