domingo, 30 de março de 2008

7 a 4

Durante o campeonato gaúcho muito se falou na imprensa e dentro do Internacional que o grupo colorado era mais difícil. O objetivo maior da comparação buscava explicar por que um time com uma folha de mais de R$ 3 milhões tinha pior campanha que um time com uma folha de menos de R$ 1 milhão.
7 a 4, somados os pontos dos times do Grupo do Gremio contra os do Grupo do Inter nessa rodada das quartas de final. No mínimo existe um equilíbrio nos times do interior, com dois deslizes ao meu ver inesplicáveis do internacional contra o Juventude

quinta-feira, 27 de março de 2008

GARRINCHA, ALEGRIA DO POVO


Ontem assistindo ao jogo Brasil e Suécia, em homenagem ao cinqüentenário da primeira Copa vencida pela esquadra Canarinho, me senti na obrigação de escrever este texto. Na verdade estou pra escrever há um bom tempo já, é sobre um livro que li nas férias: Estrela Solitária – Um Brasileiro chamado Garrinha. Este livro, do escritor Ruy Castro, é de 1995, grande pra caralho (536 pgs), mas afirmo com todas as letras que é uma leitura obrigatória para todos os amantes do futebol (e não só para eles). A história de ascenção e queda de Mané é impressionante. Depois de todas de devorar todas as páginas, o leitor entenderá muito mais como funcionava o futebol antes da profissionalização nas décadas de 50 e 60, em que eram raros os jogadores ganhavam fortunas com o esporte. Sem falar nas centenas de histórias, causos e curiosidades que o autor nos conta. Como por exemplo que o Garrincha foi o primeiro jogador da história a devolver uma bola para o time adversário (inventor do fair play) e que a Seleção não tenha perdido nenhuma partida que ele tenha atuado. Ou ainda que o Bellini quando levantou a taça da Copa de 58, com as duas mãos estendidas acima da cabeça, estava criando um gesto que seria imitado no mundo inteiro a partir de então, em quase todos os esportes. Outra coisa que fiquei sabendo é que o Garrinha não era burro, como eu imaginava, isto foi um mito que foi criado e aumentado com o tempo. Ele era sim muito gozador, mulherengo supremo (não é a toa que tenha nascido em Pau Grande, RJ) e por vezes ingênuo. Mesmo sabendo de seu triste fim, quando lia eu tinha esperança que ele voltasse a jogar seu genial futebol depois de 62, que largasse a bebida e seguisse encantando milhares de pessoas no mundo inteiro. Mas o problema das biografias é que elas nem sempre tem final feliz.
Garrincha é eterno.



terça-feira, 25 de março de 2008

sábado, 22 de março de 2008

Libertadores de 1983 - 25 anos


O ano de 2008 marca os 25 anos da conquista da primeira Copa Libertadores da América pelo Tricolor.
A partir de hoje, o site oficial do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense começa a publicar uma retrospectiva daquela vitoriosa campanha de 1983 que culminou com a conquista inesquecível do Mundial Interclubes.
Acompanhe aqui, passo a passo, a trajetória gremista rumo ao maior título do Continente.

O mês de março de 1983 marcou a estréia do Grêmio na Copa Libertadores da América.
O vice-campeonato brasileiro do ano anterior, contra o Flamengo, garantiu o Tricolor pela segunda vez na maior competição do Continente.
Ao contrário da primeira edição quando o Grêmio acabou eliminado na primeira fase enfrentando São Paulo, Defensor e Peñarol, a direção organizou todo um planejamento visando conquistar o título.
Vislumbrando a possibilidade de trazer para o Rio Grande do Sul a maior conquista da história, o presidente Fábio Koff colocou o Mundial do Japão como objetivo maior.
Quando da contratação da comissão técnica, comandada por Valdir Espinosa, Koff deixou bem claro qual seria a missão.
O primeiro adversário foi o Flamengo de Zico.
A equipe carioca estava entalada na garganta depois da grande decisão do Brasileirão de 82. Foram três jogos decisivos com o rubro-negro levando a melhor em pleno estádio Olímpico.


Por Márcio Neves da Silva


*Terça-feira, 22 de março de 1983

Vitória importante em Santa Cruz de La Sierra.

Apesar do forte calor e do clima abafado, Grêmio entrou em campo no estádio Ramón “Tahuichi” Aguilera encontrando um ambiente surpreendentemente favorável para enfrentar o Blooming. Depois da derrota para o Bolívar na estréia, o torcedor compareceu desanimado para o enfrentamento contra o Tricolor. Aquele clima de pressão característico dos jogos pela Libertadores realizados na Argentina, Uruguai e Chile praticamente não existiu.
Para o Grêmio, bastava colocar a bola no chão e enfrentar o Blooming sem se preocupar com os fatores externos.
Já nos primeiros minutos de jogo, ficou evidente a superioridade gremista.
Lambari apresentava dificuldades para vencer o lateral e o time passou a forçar as jogadas pela direita.
Renato tratou de infernizar a defesa boliviana, porém exagerando um pouco na individualidade.
No meio, César e Osvaldo se movimentavam bastante aparecendo com força no ataque.
O time criou bastante nos primeiros 45 minutos e teve a oportunidade de abrir o marcador em pelo menos quatro lances. No melhor deles, Tita cobrou uma falta no poste direito do goleiro Terrazas. No rebote, Lambari perdeu.
Certamente, no intervalo, o técnico Valdir Espinosa pediu um pouco mais de empenho aos jogadores e mais tranqüilidade na hora de concluir.
A segunda etapa começou com um susto: logo no primeiro minuto, o ponta Reveliz chutou, a bola desviou em Silmar, tirou Remi da jogada e bateu no travessão.
Não demorou muito para o time responder: Renato recebeu de Tita na frente do goleiro, driblou e chutou para o gol aberto. O zagueiro Gallardo salvou sobre a linha mandando para escanteio.
Na cobrança do escanteio da esquerda de Lambari, Tita marcou de cabeça se antecipando à zaga, no primeiro pau.
Grêmio 1 a 0.
Dois minutos depois, a qualidade técnica de Renato surtiu efeito sobre o marcador. Bola levantada da esqueda no segundo pau. César ajeitou de cabeça. Renato dominou, deu um drible desconcertante no zagueiro e chutou na saída do goleiro.
Com 2 a 0 no marcador e sobrando em campo, a equipe diminuiu o ritmo tratando de tocar a bola. Provavelmente já pensando no desgaste que iriam enfrentar na altitude de La Paz na sexta-feira, dia 25.
Ainda que não tenha melhorado o saldo de gol, o Grêmio comemorou o primeiro lugar no Grupo.

Ficha técnica:

BLOOMING 0 x 2 GRÊMIO
22/03/1983
Copa Libertadores da América
Jogo 02
Estádio Ramón Tahuichi Aguilera – Santa Cruz de La Sierra - Bolívia

GRÊMIO:
Remi; Silmar, Leandro, De León e Casemiro; China, Osvaldo e Tita; Renato, César e Lambari.
Técnico: Valdir Espinosa

BLOOMING:
Terrazas; Herrera, Gallardo (Noro) Villalon e Vaca. Melgar, Castillos (Paniagua) e Taborga; Reveliz, Sanchez e Rojas.

GOLS:
Tita (GRE – 07 do 2ºT)
Renato (GRE – 09 do 2ºT)

ARBITRAGEM:
Ramón Barreto
Jose Martinez e Ernesto Filippi

BANCO DE RESERVAS
Beto, Baidek, Bonamigo, Robson e Tarciso.




*Segunda-feira, 21 de março de 1983.

Operação Bolívia.

Sem muitas informações sobre os dois adversários bolivianos do Grupo 2 da Libertadores, o Grêmio desembarcou em Santa Cruz de la Sierra com a obrigação de conquistar resultados positivos em território inimigo.
A principal preocupação ficava por conta do Bolívar, campeão do país e adversário da sexta-feira. Na semana anterior, o time de La Paz havia feito sua estréia jogando em casa e aplicando uma goleada de 6 a 0 sobre o Blooming.
O resultado deixou a equipe na liderança do Grupo por pontos e ainda com um excelente saldo de gols.
Porém, antes do combate contra o Bolivar, o objetivo era não perder o foco do Blooming. Apesar da fragilidade, era um adversário desconhecido e jogaria com o apoio de sua torcida e com a obrigação de vencer após a derrota na estréia.
O ponta-esquerda Tonho, lesionado, era a principal dúvida de Valdir Espinosa no ataque. Lambari era a opção.
Renato, completamente recuperado de uma lesão muscular, havia ganho a posição de Tarciso na direita após os últimos jogos pela Taça Brasil.
No meio, Osvaldo voltava ao time após ficar de fora na estréia.
O lateral-direito Paulo Roberto nem viajou para a Bolívia. Ficou em Porto Alegre negociando sua transferência para o São Paulo. Silmar ocuparia sua vaga.



*Sábado, cinco de março de 1983.

O fantasma da altitude.

Terminado o jogo contra o Flamengo, imediatamente o Grêmio tratou de projetar os dois jogos seguintes na Bolívia.
O empate na estréia da Libertadores não estava dentro das previsões e resultados positivos em território boliviano passaram a ser obrigatórios para o Tricolor manter a chance de classificação no grupo. Além das vitórias, ainda teria que torcer por resultados negativos do Flamengo.
O primeiro jogo da gira pelo exterior seria contra o Blooming, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, mas as atenções estavam voltadas para a partida seguinte. O adversário seria o Bolívar, campeão do país, na cidade de La Paz, 3.640 metros acima do nível do mar. Evidentemente, as preocupações ficavam por conta dos efeitos da altitude: um verdadeiro fantasma para os clubes que atuam na cidade e um grande aliado dos times locais.
O primeiro jogo estava marcado somente para o dia 22 e o Grêmio teria mais de duas semanas para se preparar.
Porém, antes disso, mais quatro jogos válidos pela Taça de Ouro: vitórias contra o Sergipe, em dois jogos. Empate com o Botafogo no Maracanã e derrota para o América, também no Maracanã. Todos os jogos com os titulares.

No dia 21, confira os preparativos e a viagem para Bolívia.



*Sexta-feira, quatro de março de 1983.

A estréia em um jogo emocionante:

Mais de 43 mil pagantes lotaram o estádio Olímpico para a estréia do Tricolor na Copa Libertadores de 1983.
Além de ser a abertura do Grupo 2, e contra um adversário que estava entalado na garganta, a partida estava recheada de atrativos para o torcedor. Pela primeira vez, Tita atuava contra o time que o revelou para o futebol. Do outro lado, o artilheiro Baltazar, autor do gol do título Brasileiro de 1981, também atuava contra seu ex-clube.
A TV Gaúcha transmitiu ao vivo para todo o País na narração de Galvão Bueno.
A vitória não veio, mas quem esteve presente viu um dos melhores jogos dos últimos tempos.
Empurrado pela torcida, o Grêmio partiu pra cima do Flamengo em busca da vitória.
Valdir Espinosa surpreendeu com uma modificação tática. Colocou Bonamigo no lugar de Osvaldo para aumentar o poder de marcação principalmente sobre Zico e Adílio.
O Flamengo acabou ficando sem Júnior, lesionado. Ademar entrou na lateral-esquerda.
Tudo transcorria dentro da normalidade e o Grêmio dominava os primeiros 15 minutos. Aos 16, o zagueiro Hugo de León tentou sair jogando pela direita, ao lado da área. Zico deu o combate e conseguiu roubar a bola do capitão gremista fazendo o cruzamento. O artilheiro Baltazar, ex-Grêmio, dominou com o pé direito, deu um chapéu no marcador que era Leandro e, também de pé direito, com um leve toque, mandou a bola no ângulo esquerdo da meta do goleiro Remi que nem se mexeu.
Foi um golaço.
Inconformado com a falha no lance, De León abandonou qualquer obediência tática e se atirou ao ataque para se redimir.
Aos 24, Tita tabelou com Bonamigo e chutou no poste.
O Tricolor ainda teve três boas oportunidades, mas o goleiro Raul estava em noite inspirada.
Faltando três minutos para o final da primeira etapa, Remi saiu errado da meta e Adílio concluiu de cabeça. O zagueiro Leandro salvou sobre a linha evitando o segundo gol carioca.
O segundo tempo começou com o Flamengo melhor. Com a vantagem no marcador, Zico comandou o toque de bola no meio campo.
Aos sete minutos, Espinosa colocou o ponteiro Lambari no lugar de Tonho querendo aproveitar a velocidade do atacante. Porém, o time só melhorou mesmo quando, aos 17 minutos, Renato entrou no lugar de Tarciso. Recém promovido das categorias de base, o jovem ponteiro vindo de Bento Gonçalves queria mostrar serviço.
Em sua primeira jogada, acertou o poste do goleiro Raul.
A pressão ficou insustentável.
Aos 24, Bonamigo foi derrubado na área, mas Arnaldo César Coelho nada marcou para desespero do vice-presidente de Futebol, Alberto Galia.
O Flamengo recuou.
Edson entrou no lugar de Robertinho para ajudar na marcação e Lico ficou isolado. Baltazar passou a ser o único atacante mais avançado.
Aos 35 minutos, o esforço comovente de Hugo de León para se recuperar do erro da primeira etapa foi premiado. Após escanteio da esquerda, a zaga do Flamengo afastou de cabeça para a entrada da área, o capitão gremista pegou de primeira, de pé esquerdo, no ângulo esquerdo de Raul. A bola ainda bateu no poste antes de entrar.
Festa da torcida gremista!
Festa de Hugo de León!
O resultado final não foi aquele esperado, mas acabou fazendo justiça à boa atuação e à qualidade das duas equipes.
O presidente Fábio Koff ficou indignado com a atuação do árbitro e chamou Arnaldo César Coelho de “ladrão”. O Vice de Futebol, Alberto Galia, também mostrou seu descontentamento.
A única alternativa era buscar duas vitórias na Bolívia, contra Blooming e Bolívar, algo inédito até então na história da Libertadores.

Ficha técnica:

GRÊMIO 1 x 1 FLAMENGO
04/03/1983
Copa Libertadores da América
Jogo 01
Estádio Olímpico

GRÊMIO:
Remi; Paulo Roberto, Leandro, De León e Casemiro; China, Bonamigo e Tita; Tarciso (Renato), César e Tonho (Lambari).
Técnico: Valdir Espinosa

FLAMENGO:
Raul; Leandro, Figueiredo, Marinho e Ademar; Andrade, Adílio e Zico; Robertinho (Edson), Baltazar e Lico.
Técnico: Paulo César Carpeggiani

GOLS:
Baltazar (FLA – 16 do 1ºT)
De León (GRE – 35 do 2ºT)

ARBITRAGEM:
Arnaldo César Coelho
Romualdo Arpi Filho e José de Assis Aragão

PÚBLICO E RENDA
43.125 pagantes
CR$ 33.610.000,00

BANCO DE RESERVAS
Beto, Newmar, Osvaldo, Renato e Lambari.



Quinta-feira, três de março de 1983:

Os preparativos:

Uma boa estréia na competição era de vital importância para as pretensões gremistas de encaminhar a classificação no Grupo 2, que contava ainda com as participações dos bolivianos do Blooming e do Bolívar. Ao contrário do que ocorre hoje em dia, apenas o campeão do grupo é que garantia classificação.
O jogo aumentava de importância já que os dois próximos seriam realizados fora de casa, na Bolívia.
Desde cedo, as duas diretorias trabalhavam forte nos bastidores.
O presidente do Flamengo, Antônio Augusto Abranches, passou a criticar publicamente a escalação do árbitro Arnaldo César Coelho para comandar a partida no Olímpico. Do outro lado, Fábio Koff definiu a manobra do dirigente carioca como “uma clara tentativa de pressionar a arbitragem”. Nenhuma novidade, já que o mesmo cartola havia utilizado o mesmo artifício quando da decisão do Campeonato Brasileiro do ano anterior.
Dentro de campo, mistério de ambas as partes: pelo Grêmio, o técnico Espinosa treinou uma equipe, mas surpreendeu na hora do jogo. A derrota no final de semana para o Atlético Paranaense em pleno estádio Olímpico, e com a equipe titular, deixou uma pulga atrás da orelha do comandante gremista fazendo com que o time fosse modificado em cima da hora. Pelo Flamengo, o treinador Paulo César Carpeggiani aguardava um parecer do Departamento Médico sobre a situação do lateral-esquerdo Júnior, que sentia dores.
Apesar do resultado negativo de domingo pela Taça de Ouro contra os paranaenses e a marcação do jogo para uma sexta-feira à noite, a mobilização da torcida era grande. Principalmente pela possibilidade de uma revanche contra os rubro-negros.
Era certeza de casa cheia.

Só para constar...



Esta campanha se refere apenas aos estaduais, senão o jaciara não estaria ali.

quarta-feira, 19 de março de 2008

CRUZADA CONTRA O ÁLCOOL NOS ESTÁDIOS

Mal começaram as discussões e ontem já foi aprovada na Assembléia a lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas dentro de estádios e ginásios (pobre destes, sobrou até pra galera do vôlei e do basquete). Com tantos problemas que enfrentamos em nosso Estado, a maioria dos políticos só pensa em sair da mídia através de polêmicas.
Hoje na Zero Hora tem uma entrevista com o deputado estadual MIKI BREIER (PSB), o autor do projeto. Obviamente este inexpressivo e desconhecido político só está atrás de fama com esta sua Lei Seca. O principal argumento dele é “a prevenção da violência, principalmente nos estádios. Em muitos deles, vemos acontecer momentos de selvageria, inclusive com pessoas perdendo a vida.” Faz quanto tempo que alguém não morre dentro de um estádio no Rio Grande do Sul, ainda mais por causa de brigas geradas pelo excesso de consumo alcoólico? Pelamordedeus, só podia ser gremista mesmo este deputado.
O vice-governador Feijó que vai ficar 17 dias no poder agora, não tem uma posição definida ainda, mas já declarou que sempre prefere punir os infratores do que proibir, pois acredita muito na LIBERDADE.
O presidente do Grêmio, Paulo Odone, que também é deputado, votou a favor porque “é uma tendência mundial”. Nem tudo que é tendência mundial é benéfico penso eu.
Já o presidente do Inter, Vitório Piffero, de quem discordo de algumas idéias, foi taxativo classificando a lei de “inócua”, dizendo que o sistema de monitoramento de câmeras no Beira-Rio já resolveu o problema das confusões dentro e fora dos estádios.
Na minha humilde opinião de freqüentador há quase duas décadas em jogos de futebol, essa lei não ajuda em nada. Primeira coisa: todos sabem que o único jogo que dá problema é grenal. Ponto. Nos outros é sempre tranqüilo. Há 10 dias atrás mais de 40 mil colorados lotaram o Beira-Rio pra ver o jogo contra o Brasil de Pelotas (que tinha uma torcida relativamente grande para um visitante). Todos puderam comprar e degustar suas cervejas e pelo que eu saiba nada aconteceu. O que passa às vezes é atos isolados de vândalos, que apedrejam ônibus de times ou torcidas locais. Isto nem sempre acontece nos arredores do estádio e eu não culparia o álcool pelo comportamento destes marginais. Voltando ao meu raciocínio inicial, se fosse proibir que só proibissem em grenais. Mas, e há sempre um mas em tudo, há cerca de dois anos (acho que devido ao lamentável episódio dos banheiros queimados), a polícia vem fazendo um ótimo trabalho de escoltamento com torcida adversária evitando confusões maiores. E alem de tudo as brigas mais comuns em grenais são fora dos estádios e antes de a partida começar.
Enfim pelo andar da carruagem, essa maldita lei vai ser sancionada, o deputadinho vai ficar todo orgulhoso e TODOS que costumam beber terão que encher a cara a mais fora do estádio e deixarão de contribuir com receita seu clube do coração. Enquanto isso Porto Alegre segue cada dia mais violenta, mais assaltos e seqüestros relâmpagos e os malditos políticos não fazem nada.


DOIS ADENDOS QUE ME VIERAM NA CABEÇA AGORA À TARDE:

O Paulo Odone citou que a proibição é uma tendência mundial amparada pela FIFA. Bom, eu estive na última Copa do Mundo da Alemanha e posso garantir que vendiam (e muito) cervejas tanto nos arredores quanto dentro do estádio. Inclusive quem quiser comprovar veja este meu vídeo, o detalhe do copinho de cerveja na mão. O mesmo aconteceu durante o Mundial de Clubes 2006 da mesma FIFA no Japão, onde a torcida colorada emborcou uma bela quantidade de álcool e não fez mais do que pura festa.
Enquanto isso, em São Paulo, onde essa proibição existe há uma década se não me engano, as torcidas organizadas do Palmeiras e São Paulo se enfrentaram e causaram muita baderna no clássico do último domingo. Deve ser culpa da cerveja sem álcool.

terça-feira, 18 de março de 2008

Querem botar água na nossa cerveja

Ouvi agora no rádio que tão pra aprovar uma lei no Rio Grande do Sul com intuito de proibir bebida alcoólica nos estádios. Esta mesma lei já vigora no Rio, em São Paulo, Minas, e em toda Argentina.
Parece que no Mineirão em um ano diminuíram em 70% as confusões. Mesmo assim eu sou contra. Em alguns momentos da vida há de ser egoísta. Imagina que porre (ou falta de) ter que assistir um jogo as 10 da noite sem poder beber umas geladas com os amigos antes na frente do estádio e depois para manter o trago. Ok, não tenho argumentos, mas daqui a pouco vão querer proibir palavrões também e em seguida mudar de futebol para bale no estádios. Ah, vão se catar e cuidar de coisas mais importantes!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Pobre dos Bambis

Tomaram quatro do Palmeiras e ainda tem que agüentar este vídeo, intitulado Numerada do Morumbicha.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Absolutely Incredible

Está comprovado porque o Brasil é o país do futebol: aqui não acontecem acidentes naturais.

Olhem este lance bizarro do campeonato americano de futebol (ou soccer, como eles preferem) na cidade de Orlando.


quinta-feira, 13 de março de 2008

1 é pouco, 2 é bom, mas 3 é de mais...

Touca II

Tanta agressividade gratuita no post abaixo significa medo. Quem viu o jogo sabe que o Inter não foi mal, apenas se fudeu com dois erros individuais (a expulsão infantil de Edinho e a cagada do Magrão), e nos últimos minutos a maionese desandou. No início do segundo tempo, mesmo com um a menos, o Colorado dominou e não marcou por detalhe. Mas todos sabemos que "Se" no futebol não existe.
O Juventude cumpriu seu papel e ajudou sua matriz da Azenha a decidir a final do campeonato em seu chiqueirão. Os times de série B sempre se ajudam.

Vejo como duas coisas positivas a derrota de ontem:

1. Faz o Inter descer um pouco do salto (em 2006 foi o Grêmio que nos deu esse toque e ajudou de maneira significativa a ganhar a América e depois o Mundo). Pelas entrevistas dos jogadores até achava que estavam com os pés no chão, mas todo dia a imprensa babando o ovo, acaba mexendo com os egos da turma.

2. Me fez mais uma vez ficar feliz por lembrar que o Ju tá na segundona. O Inter começa o Brasileirão com mais seis pontos e o time da Coligay com menos seis.

Touca

Mais uma vez, a história se repete.

O Juventude mereceu novamente a vitória (goleada) e vai se confirmando cada vez mais como Touca do timinho. É triste constatar que a insignificante torcida deste pequeno time ainda acredita que pode ganhar da gloriosa equipe da serra.

Uma atuação vexatória da equipe de Abel Cagão Braga, digna de time sem identidade e garra.

O Inter de Porto Alegre é uma piada pronta!

Poderíamos fazer uma enquete, qual distintivo será escolhido para a nova camiseta do timinho?

quarta-feira, 12 de março de 2008

Graças a Deus...

... que a imprensa gaudéria finalmente desistiu de chamar a partida Inter Vs Juventude de clássico JUVENAL.

segunda-feira, 10 de março de 2008

FURO DE REPORTAGEM

A equipe do Mestre Celso conseguiu em primeira mão desvendar o esquema de jogo do Colorado para jogar esta quarta-feira contra o Juventude, em Caxias. CLIQUE AQUI e veja em primeira mão as imagens reveladoras.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Sobre Mestres, Faraós e Futebol

Bem amigos do Mestre Celso! Estou de volta depois de um mês de recesso, em que nosso site ficou abandonado às moscas (ainda sim melhor que dominado por torcedores da Azenha). Tenho bastante coisas futebolísticas para contar, mas antes esclareço uma pequena polêmica:
O nome do blog segue o mesmo. A ironia sempre esteve presente porque mestres eram Telê, Ênio Andrade, entre outros e o nosso glorioso Celso Roth era o oposto disso. Não que seja mau técnico, mas é que ele já virou um folclore aqui no Sul, seja por ser retranqueiro ao extremo, turrão ou por sempre começar bem com o time e depois afundar. Alguém pesquisa isso, mas acho que ele nunca ficou mais de um ano meio direto em um mesmo time. Tendo esclarecido isto, sigo a crônica.

Minha viagem começou pela Espanha, onde estive nas cidades dos seguintes times: U.D. Salamanca, Real Madrid (e Atlético), Zaragoza, Real Sociedad, Athletic Bilbao e Racing Santander. Os jornais espanhóis já dão Ronaldinho como acabado e que sua saída do Barca é questão de tempo. Luís Fabiano tá quebrando a banca e os reis da liga são Robinho e Messi, com leve vantagem para o argentino, apesar do Real estar sempre na liderança. Meu fracasso absoluto ficou por conta do jogo Real e Valladolid. Cheguei a ir na frente do Santiago Bernabeu pouco antes da partida, junto com meu amigo italiano. Os ingressos já estavam esgotados e um cambista queria nos vender uns lugares ruins por 70 euros cada. Muito caro, decidimos não comprar. Fiquei torcendo que o jogo fosse 0 a 0, mas não foi nada mais nada menos que 7 a 0. Que merda.

Meu segundo destino foi o Egito, terra do glorioso Al-Ahly. E até acredito que graças ao nosso combate no Japão, o Colorado está bem conhecido por lá. Quando eu caminhava com a camisa do Inter, vários caras comentavam coisas, e um deles até falou em Fernandao (assim sem o til).


Na foto eu, um típico árabe, com minha camisa do Al-Ahly caminhando por um bazar na beira do Nilo

O povo egípcio é apaixonado por futebol e como não poderia ser diferente, pelo futebol brasileiro. Os vendedores das tendinhas sempre perguntavam de onde éramos e depois de falar Brasil em 90% das vezes eles retrucavam como nomes de jogadores, quase sempre Ronaldo, Ronaldinho ou Kaká, mas até umas bizarrices como Denílson. Eu retrucava falando Abu Treka, o herói do Egito (e que joga no Al-Ahly, espécie de Flamengo local) que recém foi bi-campeão da Copa da África.


Abu Treka é o cara

Outro fenômeno é a dimensão da Champions League lá. Assisti o 0 a 0 entre Arsenal e Milan em um buteco de uma pequena cidade. Deixo claro, que no bar não vendia bebida alcoólica, todos bebendo muito chá e fumando muito narguilés, e torcendo bastante (mais pelo Arsenal, provavelmente pelo jogador africano). Este belo comercial, feito especialmente para os árabes, que vi umas dez vezes na tv de lá, mostra o espírito da coisa.



Já escrevi demais, na seqüência conto mais coisas bacanas. Até.

PS: o badalado campeonato paulista, “o melhor estadual do país” (único que é citado e transmitido pela imprensa internacional) tem as seguintes potências como três primeiros colocados: Guaratinguetá, Barueri e Ponte Preta.