Taison

Hoje não vou fazer nenhum trocadilho com o famoso boxeador comedor de orelhas, como a mídia especializada do Rio Grande vem fazendo (até porque já fiz ano passado e acho que é suficiente). Falando em 2008, eram muitos jovens que despontavam como promessas do Colorado (como costuma ser quase todo ano), já que o Inter vinha de boas campanhas no Brasileiro Sub-20 e Copa São Paulo. Falava-se muito em Walter, Guto e principalmente em Tales (agora volta-se a falar neste, mas isto é assunto para novo post). Porém quem apareceu de verdade foi Taison. E num grenal ainda por cima. Prometeu e cumpriu, o que até hoje mais gosta de falar em entrevistas antes dos jogos, "partir pra cima dos zagueiros". Passado um pouco a euforia inicial, Taison mesmo com a titularidade, oscilava boas com discretas atuações. A velocidade e a ousadia continuavam as mesmas, mas lhe faltava o chute. E isto é imprescindível para quem joga do meio pra frente. Taison foi para o banco e virou uma espécie de 12º jogador do time, entrando em diversas partidas. Isto me lembrava muito o caso do Robinho, quando começou no Santos, que também tinha deficiência no arremate. De tanto treinar em separado este fundamento, todo mundo sabe o que aconteceu. Ainda bem que parece que fizeram a mesma coisa com o Taison, que treina desde o ano passado com Cléber Xavier, auxiliar do Tite. O próprio Fernando Carvalho teve uma conversa séria com o Neguinho no início desse ano, afirmando que se ele caprichasse no chute seria um dos melhores meia-atacantes do Brasil. E todos sabem que de futebol, Fernando Carvalho entende um pouquinho. Se o primeiro capítulo da história do Taison foi aquele grenal do Renan, o segundo capítulo foi ontem no Passo D'Areia. Ficamos na espera pelos próximos.