MATAR OU MATAR

Eu odeio quando a imprensa cataloga um jogo como “o mais importante do ano”. Se colocasse o “até agora” depois, eu até concordaria, até porque tirando a Mãe Dinah ninguém sabe do futuro de um time no ano. Esse jogo de quarta-feira é o mais importante do ano até agora. Tinha tudo para ser uma partida tranqüila pro Internacional carimbar sua vaga para as quartas sem maiores sustos. Não vai ser o caso. O Inter cometeu a terceira cagada do ano (as outras duas foram na “hora que ainda podia”) e tomou dois a zero do Paraná. Este acidente de percurso, pode nos tirar o sonho da Copa do Brasil 2008 e promete noventa e poucos minutos de tensão máxima no Gigante do Beira-Rio.

O maior problema do primeiro jogo não foi o esquema errado que o Abelão optou e sim que com esse blábláblá de toca, o Colorado acabou respeitando demais o Paraná. E isto é um erro cabal. Como um clube da grandeza do Inter pode respeitar tanto um time com menos de 20 anos (mais novo que eu porra!), cujo mascote é a Gralha Azul (foto) e os torcedores são conhecidos como paranistas? Falando sério, o Paraná nunca ganhou nada além de meia dúzia de paranaenses e uma segunda divisão nacional. Na última década sempre foi coadjuvante na série A e felizmente ano passado voltou para seu habitat natural, a segundona, de onde jamais deveria ter saído. E esta agremiação deve ser encarada como tal: um time de segunda linha, com elenco limitado e que adora ser uma pedrinha no sapato dos grandes. E esta pedrinha já causou um ferimento que está infeccionando. É a hora de colocar este time no lugar dele.

O Inter mesmo sem seus dois melhores jogadores na temporada (que azar maldito), tem todas as condições de amassar o Paraná. A verdade é que mesmo se fosse o time reserva do Inter já seria franco favorito jogando em casa. E no nosso time titular há Nilmar. Não se esqueçam disso. Há ainda Fernandão. Abro um parênteses rápido sobre o Capitão. Não é a primeira vez que muita gente (da imprensa, do lado azul e malditos corneteiros de plantão) começam afirmar que o Fernandão não é mais o mesmo, que já está velho (?), que já deu o que tinha que dar, sendo que há dois anos atrás o cara era o melhor jogador em atividade das Américas. Ele só demora um pouco mais que o normal para pegar ritmo, quando volta de lesão, óbvio que ainda bate um bolão. Ponto final. Foi só ele ter ficado fora do jogo em Curitiba, para todos "descobrirem" a qualidade e a importância do Capitão América. Que novidade. Fecha parênteses. Onde parei mesmo? Ah, sim, há Nilmar, Fernandão e outros ótimos jogadores. Soma-se a isso um Beira-Rio entupido de gente, apoiando e cantando do início ao fim do confronto. E se tomarmos um gol no início? Foda-se, fazemos quatro. Como diz o titulo deste texto é matar ou matar, sem dar chance para os paranistas (veranistas?) respirarem. É eles que tem e que vão morrer. Nossos guerreiros vão dar conta do recado. E o Bonamigo, o técnico inimigo, já deu declarações que seu time costuma se abalar em decisões, como aconteceu no último domingo. Se ainda tem alguém que não está motivado ou convencido de todas as chances do Inter passar basta notar que a camisa do Paraná lembra a do Barça. Forçando a barra lembra sim.
Eu sempre acredito no Inter e agora não vai ser diferente. VAMÔ COLORADO!