quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Fossati? O que será dele?

Depois de ler o último post do Sr. Carlo Vidor e ler o micro-debate dele com o Leo nos comentários, fiquei pensando o que será do Inter ano que vem.

O Sr. Jorge Fossati é uma incógnita, tenho certeza, para todos colorados. Para mim que nem colorado sou, é uma incógnita ainda mais difícil de ser equacionada. Vamos entãos aos fatos.

Inter x LDU. Eu estava na final da Recopa no Beira-Rio. Vi os equatorianos num 3-5-2 clássico. E quando digo clássico, é porque os alas realmente jogavam adiantados e faziam parte do meio-campo. Não era um 5-3-2 como o Muricy e outros brasileiros costumam fazer. Isso se dava muito pelo time ter na época dois alas direitos de grande poderio ofensivo: Reasco e De La Cruz (este jogando como meia). Além disso, o Equador não tem muita tradição de formar zagueiros decentes e, com 3 em campo, quem sabe um tape os buracos do outro. Completando, dois volantes experientes (Vera e Urrutia) que sabem bater mas também são capazes de fomentar o ataque veloz.

LDU x Fluminense. Assisti ao primeiro jogo da Copa Sulamericana pela tv. Mudaram alguns nomes, mas o 3-5-2 continuava o mesmo: meio-campo adiantado para evitar que a zaga fosse pressionada e um ataque muito veloz.

Copa América de 2004. Lembrei que o Fossati treinava o Uruguai nesta época e resolvi dar uma "googleada" para encontrar as escalações em 2 jogos que assisti na época. Primeiro contra a Argentina:

Luis Barbat, Carlos Diogo, Joe Bizera, Alejandro Lago e Dario Rodríguez; Diego Pérez, Marcelo Sosa (Carlos Bueno 40´/2), Javier Delgado e Diego Forlán; Fabián Estoyanoff (Guilhermo Rodríguez 40´/1) e Vicente Sánchez (Cristian Rodríguez 26´/2).

Se Forlan é escalado no meio-campo já fica claro que o time é ofensivo. O placar foi negativo (2x4), mas isso se deu muito pelo fato de um zagueiro celeste ser expulso ainda no 1º tempo. Segundo jogo contra o Brasil:

Sebastián Vieira, Joe Bizera, Paolo Montero e Darío Rodríguez; Carlos Diogo, Marcelo Sosa, Javier Delgado, Cristián Rodríguez (Vicente Sánchez 24/2) e Diego Pérez (Omar Pouso 35/2); Carlos Bueno (Diego Forlán 16/2) e Darío Silva

E voltamos ao 3-5-2. É importante porém notar que o lateral esquerdo do primeiro jogo é um dos zagueiros agora. Isso para que o velhinho Montero pudesse ficar na sobra tranquilo. Brasil venceu esse jogo nos penaltis.


Bom, depois destes fatos, fiquei um pouco preocupado. O atual plantel colorado tem pelo menos quatro titulares no meio-campo: Sandro, Guiñazu, Giuliano e D'alessandro. Nenhum deles tem características para ala. Um sobraria no 3-5-2. Isso sem contar aquele velho problema do Inter não ter lateral-direito, quiçá ala. Torço para que o Fossati não seja um "Geninho", que antes de descobrir o nome dos jogadores já escala o time com 3 zagueiros.

Aquele 4-4-2 "ofensivo" uruguaio seria mais interessante. Assim como 90% dos times uruguaios, tem desenho em losango no meio parecido com o do Tite. Entretanto, a marcação adiantada que Fossati costuma doutrinar acabaria gerando uma tática diferente daquela "te-vira-Nilmar".

A verdade é que ainda temos que aguardar as contratações. Tanto de quem sai quanto de quem entra. Mas na situação atual, o melhor é torcer para que o uruguaio não seja tão teimoso quanto seus 2 antecessores.

2 comentários:

Leo Garcia disse...

Boa análise, Pablo. Eu lembro que teve uma época que o pessoal da mídia esportiva começou a dizer que o Giuliano daria um bom ala e tal. Foda.

Achei bacana que ele trouxe uns dois, três assistentes (um só pra ficar de olho no Inter B e nas categorias de base).

Espero que o Fossati dê certo, só o fato de chegar um cara que a torcida não tem ranso, já é alguma coisa.

Minha única lembrança (remota) de um técnico uruguaio no Inter não é das melhores: Pedro Rocha.

De qualquer maneira, vida longa a Fossati.

Carlo Vidor disse...

uhauahuaha
Geninho, adoro comparações com caras gordos.
O Inter teve o plantel mais "completo-incompleto" do Brasileirão.
Mas, sinceramente, acho que o homem da fossa, se arranjará até algum jogador/pseudo-dirigente começar a chorar e levar a semente do mal para o meio de um coletivo.
Palavra do Senhor...Graças a Deus.