PARASITANDO A ALEGRIA ALHEIA

Eu Carlo, como um conhecido amante da arte bretã atuada em relevados do mundo inteiro, tenho algumas opiniões que deixei para hoje por serem feitas. Todos os mais próximos ou até aqueles que mal me conhecem, porém acompanham o que escrevo, sabem que não tenho filiação direta com time algum. Apenas vejo o futebol com um clamor insaciável e um sistema analítico onde tento conter a paixão, e sim prezar pela revisão. O que importa, de fato, sempre será o resultado. Time ruim sendo campeão, goleadores patéticos e entre outros aparacerão para o todo sempre desta coqueluche mundial interminável. Acho louvável Santos X Santo André terem feito um espetáculo, e não um jogo de futebol. Acho meritocrático o título do Grêmio, onde um questionável (meu) Silas, mostrou-se não ser nenhum idiota e ao invés de impor o máximo da qualidade de seu time, usou sabiamente das falhas do "tão grandioso" adversário. Que por sinal, este adversário deixou-me triste pela forma pífea que atuou no primeiro embate. Mas o que importa é que aquele que foi melhor durante o campeonato, ganhou, sendo em qual estado que for. Todos estes meus floreios não são para dizer que mais um campeonato acabou e parabéns para este e para aquele, mas sim daqueles torcedores que renasceram só na hora do título. Um monte de coelhos fujões que desaparecem nas horas do aperto e depois surgem com toda a pompa e glória. É óbvio que a conquista de um time não é muito um mérito do torcedor, talvez mais psicológico. De qualquer sorte, meus nervos clamam em ver uma torcida como a alma castelhana (por exemplo), que por mais que odiada por muitos, está lá para o que der e vier. Ou para qualquer outro torcedor colorado que leva seu filho, mostra-lhe o time, e em questão de meses o infante saberá escalação da escreter vermelha de traz para frente. Ou seja, um percentual de entrega para aquela equipe que tanto estima e quer vê-la vencer.

E não como ao contrário, estes sangue sugas de títulos, que guardam buzina e camiseta só para quando lhe convém. Que são os mesmos que vem discutindo em qualquer lugar "porque o meu time tem mais títulos que o seu", mas quase nunca pisam em monumentos como o Olímpico Monumental e o Beira-Rio.

Infelizmente, a cada dia, elaboro mais e mais a teoria que a maioria destes torcedores "relâmpago" são do sexo feminino. Sim, ouvirei como um louco que sou machista e o caralho a 4. Mas desculpem-me, o que o futebol feminino evoluiu em todos este anos. Não é direta culpa das mulheres, mas uma partida de cricket ainda é mais emocionante.

E destas mulheres (e também homens) que "relampeiam" como amantes de um time que se você perguntar qual é a formação, ou no mínimo quem são os zagueiros não conseguirão explicar...é quase como um clássico de ir ao um show do U2 e questionar qualquer imbecil que se comporta lá perguntando-lhe qual é a formação da banda. Ouvirás um "é o Bono Vox né?" Ou seja, estão lá porque é bacana, porque é sucesso, porque todos vão e porque naquele momento, todos querem.

É assim que funciona um time em época de título. Aparecem um monte de "o D'alessandro joga, né?"

Se eu fosse torcedor de um dos times campeões acharia um furto de méritos estes filhos do hedonio comemorarem glórias assim como "eu" que estava lá e pensava como para o time funcionar melhor. Assim como as famosas torcedoras mulheres, que em suas raríssimas exceções, atravessam a barreira do anonimato futebolístico para assim desfilarem e despudorarem o deleite de milhares errantes que lá estavam com a equipe na alta ou na baixa.

Realmente é desgostoso, degradante e desanimador.

Será que esta na foto entende um pouco mais da coisa? (Exemplo vago)